61º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia da Febrasgo – CBGO 2023

Dados do Trabalho


TÍTULO

Morfometria e Imuno-histoquímica de P57, IGFR1 E IGF2 em amostras de Doença Trofoblástica Gestacional

OBJETIVO

O objetivo deste trabalho foi avaliar o uso do marcador imunohistoquímico p57 enquanto ferramenta diagnóstica de gestações molares, comparar o perfil bioquímico e evolutivo das pacientes , medir o diâmetro das vilosidades coriônicas e quantificar e qualificar a expressão imunohistoquímica de IGFR1 e IGF2 de amostras teciduais de restos placentários resultantes de abortamento espontâneo, aborto anembrionado, doença trofoblástica gestacional e coriocarcinoma.

MÉTODOS

Foram selecionadas 174 amostras de curetagem uterina ou biópsia de endométrio com diagnóstico de restos placentários resultantes de abortamento espontâneo, aborto anembrionado, doença trofoblástica gestacional (mola parcial e completa) e coriocarcinoma. Dessas, 100 amostras foram consideradas inadequadas e foram excluídas da pesquisa. Os diagnósticos histológicos das lâminas foram revisados e posteriormente submetidos a estudo imunohistoquímico com P57 para confirmação diagnóstica, análise morfométrica das vilosidades e interpretação dos marcadores IGF1R e IGF2, somados a interpretação conjunta com os prontuários

RESULTADOS

Um total de 74 pacientes com idades entre 13 e 52 anos submetidas a curetagem no serviço entre 2010 e 2020 foram incluídas neste estudo, com os seguintes diagnósticos: Mola Completa (55), Mola Parcial (15), Coriocarcinoma (1) e Cromossomopatia (3). 15 pacientes tiveram seu diagnóstico inicial alterado com o uso da marcação pelo p57. Não houve diferença significativa na comparação entre a imunoexpressão de IGFR1 e IGF2 entre os diagnósticos de cromossomopatia, mola completa e mola parcial. Entretanto, frente a análise das vilosidades, pode-se considerar que as de maior diâmetro, com p57 negativo, tem associação diagnóstica significativa com mola hidatiforme completa (respectivamente p = 0.024 e p = 0.0158).

CONCLUSÃO

A imunomarcação com p57 é ferramenta diagnóstica fundamental para diferenciação entre os subtipos de gestações molares. A realização da morfometria das vilosidades coriônicas desempenha papel auxiliar que contribui na assertividade diagnóstica. O uso concomitante dos marcadores IGFR1 e IGF2 não demonstrou significância estatística para contribuição no diagnóstico diferencial das doenças trofoblásticas gestacionais.

PALAVRAS-CHAVE

Aborto; Imuno-histoquímica; Mola hidatiforme; Coriocarcinoma; Doença Trofoblástica Gestacional

Área

GINECOLOGIA - Oncologia Ginecológica

Autores

Elisa Carolina Hlatchuk, Júlio César H D’Agostini, Fernanda Schier de Fraga, Ana Paula Percicote