61º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia da Febrasgo – CBGO 2023

Dados do Trabalho


TÍTULO

Frequência de óbitos fetais ocorridos de 2010 a 2019 no estado do Rio de Janeiro

OBJETIVO

O objetivo do estudo foi analisar a frequência de óbitos fetais segundo idade gestacional e idade materna no estado do Rio de Janeiro (RJ)

MÉTODOS

Estudo descritivo que usou dados disponibilizados online pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde, via Sistema de Informações sobre Mortalidade (número de óbitos fetais) e Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (número de nascidos vivos). Os dados coletados abrangeram: ano (de 2010 a 2019), idade gestacional em semanas (22-27; 28-31; 32-36; 37-41; e 42 e mais) e idade materna em anos(10-19 [nomeadas de adolescentes], 20-34 [nomeadas de adulta jovem], 35 e mais [nomeadas de adulta plena]). A mortalidade fetal foi calculada considerando o número de óbitos fetais (numerador) e o número de óbitos fetais somados ao de nascidos vivos (denominador). A distribuição considerou números absolutos e relativos.

RESULTADOS

De 2010 a 2019 foram registrados 2.184.247 nascimentos de bebês vivos e 22.063 óbitos fetais no RJ. A maior proporção de óbitos (63,11%) foi verificada entre mulheres adultas jovens (n=13.925), seguida de adolescentes (19,60%) e de adultas plenas (17,29%). A idade gestacional de 28-36 semanas respondeu pelo maior número de óbitos fetais (52,58%), seguida de 22-27 semanas (24,56%) e de 37 semanas e mais (22,86%). A comparação dos anos 2010 e 2019 mostrou que as mulheres adultas plenas apresentaram redução das taxas de mortalidade fetal nos três estratos de idade gestacional; as adultas jovens apresentaram redução apenas no estrato de 28-36 semanas e aumento nos demais; as mulheres adolescentes apresentaram redução de taxas nos estratos de 22-27 e de 28-36 semanas e nenhuma mudança no estrato a termo.

CONCLUSÃO

No RJ, para cada 100 bebês que nascem vivos 1 morre no ambiente intrauterino. Grande parte dos óbitos fetais acomete bebês em idade gestacional de 28 semanas e mais determinando um padrão de mortes de bebês considerados de alta viabilidade de sobrevivência na vida extrauterina. Tendo em vista que apenas o estrato de mulheres adultas plenas experimentou redução nas taxas nos três diferentes estratos de idade gestacional, o direcionamento de medidas para combater o óbito fetal deve considerar tanto a idade da mulher quanto a idade gestacional.

PALAVRAS-CHAVE

Morte Fetal; Natimorto; Idade Gestacional; Idade Materna.

Área

OBSTETRÍCIA - Gestação de alto risco

Autores

Maria Isabel do Nascimento, Lara Miranda Marchesi, Wender Emiliano Soares