61º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia da Febrasgo – CBGO 2023

Dados do Trabalho


TÍTULO

O USO DE REDES SOCIAIS COMO FONTE DE INFORMAÇÃO SOBRE EPISIOTOMIA: FERRAMENTA DE APOIO OU OBSTÁCULO?

OBJETIVO

Durante a gestação as mulheres se deparam com novos termos e vivências, e a demanda de informação dificilmente é suprida pelos profissionais, levando-as a uma alternativa acessível: a internet. Diante deste cenário, este estudo tem como objetivo explorar o conteúdo disponível no formato online para gestantes e puérperas brasileiras em relação à episiotomia.

MÉTODOS

Estudo transversal aplicado nas redes sociais com levantamento de publicações das redes sociais mais usadas no Brasil: Instagram, Twitter, Youtube, Facebook, TikTok, no período de janeiro a março de 2023. Realizou-se a pesquisa do termo “Episiotomia”, seguida da análise e das respostas do público ao conteúdo. As publicações foram analisadas baseadas nos parâmetros oferecidos por cada rede social, assim como informações sobre os autores, assunto e imagens utilizadas. Os posts foram analisados pelas autoras do trabalho, que os caracterizaram como contendo informação positivas, negativas ou neutras em relação ao tema abordado. Positivas: posicionamento a favor. Negativas: posicionamento contra. Neutras: imparcial.

RESULTADOS

Foram coletadas 84 publicações, com predominância do Instagram (39,3%) e Twitter (38,1%). Não foram achados dados no Tiktok. Os profissionais da saúde representam a maioria dos autores (54,8%), sendo que 39,1% deles são doulas, 34,8% fisioterapeutas e apenas 19,6% obstetras. Dos 54 autores que se denominam profissionais, 5,5% não especificam sua especialização. Ao todo, 27 assuntos foram abordados, sendo o mais frequente a conscientização sobre episiotomia (31%), seguida de violência obstétrica (15,5%). Foram utilizados 33 tipos de imagem, entre eles fotos de gestantes, fotos do profissional autor, etc, porém nenhum tipo se destaca pelo uso aumentado. As redes analisadas apresentam imagens em 100% das publicações, com exceção do Twitter que tem 90% de suas publicações sem imagem. Em relação à mensagem passada, 70,2% são negativas, 16,7% são positivas e 13,1% neutras. Para as interações, o Twitter se destaca com a média de 53,2 curtidas por post e o Instagram com 1,8 comentários por post.

CONCLUSÃO

Os profissionais médicos são minoria no espaço das redes sociais quando o termo episiotomia é tratado. Diante disso, a forma como o procedimento é retratado ao público é, em geral, negativa e frequentemente associada à violência obstétrica. Enquanto o Twitter é usado para debates, o Instagram e Facebook representam fonte de informação e promoção de imagem profissional.

PALAVRAS-CHAVE

Rede Social Virtual, Mídias Sociais, Gestação, Puerpério, Comunicação em Saúde.

Área

GINECOLOGIA - Uroginecologia

Autores

Pietra Giulia Oliveira Murer, Amanda da Cruz Amorim, Leticia Miyuki Ito, Luana Caran Roque , Marair Gracio Ferreira Sartori, . GPAP Study Group