61º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia da Febrasgo – CBGO 2023

Dados do Trabalho


TÍTULO

Avaliação da massa óssea em mulheres com insuficiência ovariana prematura em uso de terapia hormonal.

OBJETIVO

Comparar os parâmetros de densidade mineral óssea, qualidade óssea e composição corporal de mulheres com Insuficiência Ovariana Prematura (IOP) em diferentes esquemas de terapia hormonal (TH).

MÉTODOS

Trata-se de um estudo de corte transversal. Dos 948 prontuários revisados, 199 mulheres foram diagnosticadas com IOP, destas 122 foram selecionadas, 29 não puderam ser incluídas na pesquisa por perda do seguimento ambulatorial, 7 não quiseram participar, 13 não estavam em uso da TH e 3 estavam em tratamento há menos de 6 meses, restando 70 mulheres elegíveis. Não foi possível realizar a análise estatística no grupo que recebeu contraceptivos combinados (N=7), sendo assim dois grupos foram formados: 1. terapia hormonal convencional oral (THCo) e 2. terapia hormonal convencional transdérmica (THCt).

RESULTADOS

Com relação às características demográficas e clínicas não houve diferença entre os grupos quanto à cor da pele (p=0,81), etiologia da IOP (p=0,77), história de fratura (p=0,79), atividade física (p=0, 63), tabagismo (p=0,10 ), alcoolismo (p=0,45), exposição solar (p=0,40), alimentação rica em cálcio (p=0,79), suplementação de cálcio (p=0,34) e de vitamina D (p=0,48). No entanto, verificou-se que a idade foi maior no grupo que recebeu THCt com média de 38,85 anos e desvio padrão de 6,37 e o grupo THCo teve média de 34,14 anos e desvio padrão de 7,41 (p = 0,047). Não houve diferença nos parâmetros de massa óssea entre os grupos THCo e THCt, havendo semelhança entre os grupos quanto ao T escore de corpo total (p=0,56), coluna vertebral (p=0,48) e fêmur (p=0,22) ou pelo Z escore de corpo total (p=0,62), coluna vertebral (p=0,58) e fêmur (p=0,58). Em relação à composição corporal, não houve diferença entre os grupos quanto ao Índice de massa corpórea (p=0,32), massa livre de gordura (p=0,92), massa gorda (p=0,71) e taxa de metabolismo basal (p=0,89).

CONCLUSÃO

Não houve diferença nos parâmetros ósseos e de composição corporal em usuárias de THCo ou THCt, sendo ambas efetivas em manter a saúde óssea. A diferença de idade entre os grupos não afetou a saúde óssea e este achado pode ser explicado pelo fato de que, como esse medicamento não está disponível no SUS, ele é prescrito para as mulheres com mais comorbidades, o que geralmente ocorre em mulheres um pouco mais velhas.

PALAVRAS-CHAVE

Insuficiência Prematura do Ovário, Terapia de Reposição Hormonal, fatores de risco, densitometria óssea.

Área

GINECOLOGIA - Endocrinologia Ginecológica

Autores

LIVIA VIANA TREVISAN, ANA CAROLINA JAPUR DE SÁ ROSA E SILVA, FRANCISCO JOSÉ ALBUQUERQUE DE PAULA, VICTORIA ISSA CHODRAUI, JOAO ANTONIO VANNUCCI PALUAN, JULIA VIANA TREVISAN