61º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia da Febrasgo – CBGO 2023

Dados do Trabalho


TÍTULO

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS NOTIFICADOS DE SÍFILIS CONGÊNITA NA REGIÃO SUL DE 2010 A 2020

OBJETIVO

Avaliar o perfil epidemiológico dos casos notificados de Sífilis Congênita na região Sul de 2010 a 2020.

MÉTODOS

Trata-se de um estudo epidemiológico retrospectivo e descritivo com dados secundários a respeito dos casos de Sífilis Congênita notificados na Região Sul, no período de 2010 a 2020. Utilizou-se os dados disponibilizados pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Não foi necessária avaliação da amostra pelo Comitê de Ética em Pesquisa, uma vez que se tratam de dados de base populacional.

RESULTADOS

Foram registrados 25.352 de Sífilis Congênita na região Sul durante o período analisado, sendo o Rio Grande do Sul o estado com maior número de casos com 14.947 (58,9%), seguido pelo Paraná com 6.229 (24,5%) e por Santa Catarina com 4.176 (16,4%). Além disso, notou-se um aumento significativo das notificações entre o início e o final dos períodos analisados, visto que em 2010 foram registrados 662 casos em toda região Sul, já em 2020 foram 2.846 casos, totalizando um aumento de 329,9%.
O diagnóstico foi realizado predominantemente até o 6° dia de vida, sendo mais frequentes em brancos, com Sífilis Congênita recente, do sexo masculino e com desfecho favorável (vivos) com 97,8%. Foram registrados 316 óbitos em decorrência do agravo. Em relação ao perfil materno a maioria possui baixa escolaridade (5ª a 8ª série incompleta do Ensino Fundamental), 89,1% realizaram o pré-natal, sendo 21,9% diagnosticadas no momento do parto e 72,7% durante o pré-natal. Apenas 27,4% dos parceiros realizaram o tratamento.

CONCLUSÃO

Conclui-se que a sífilis congênita obteve um aumento significativo durante o período analisado (2010-2020), permanecendo como um grave problema de saúde pública. Torna-se urgente o aprimoramento das políticas públicas de saúde, a fim de adotar medidas essenciais para o cuidado do pré-natal, detectando precocemente e minimizando as repercussões desfavoráveis que podem evoluir para sequelas graves na criança.

PALAVRAS-CHAVE

Sífilis Congênita; Transmissão Vertical de Doenças Infecciosas; Epidemiologia

Área

GINECOLOGIA - Doenças Sexualmente Transmissíveis

Autores

Thaisy Zanatta Aumonde, Lucía Alejandra Bolis Castro, Karoline Machado Vieira, Marisol Santana de Lima, Isadora Flávia de Oliveira, Verônica Canarim de Menezes, Leandro Fossati Silveira