61º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia da Febrasgo – CBGO 2023

Dados do Trabalho


TÍTULO

MAMOGRAFIA DE RASTREAMENTO DO CÂNCER DE MAMA: UM PANORAMA DA REGIÃO SUL DO BRASIL

OBJETIVO

Analisar dados sobre o rastreamento do câncer de mama através da realização do exame de mamografia na região Sul entre os anos de 2017 e 2022.

MÉTODOS

Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo, de abordagem quantitativa. Utilizou-se os dados disponibilizados pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Foi realizada a delimitação da faixa etária (50 - 64 anos), o motivo do exame (rastreamento) e o período (2017- 2022) na região Sul. Não foi necessária avaliação da amostra pelo Comitê de Ética em Pesquisa, uma vez que se tratam de dados de base populacional.

RESULTADOS

De acordo com o período apresentado, observou-se que entre os anos de 2017 a 2019 houve uma evolução evidente no número de realizações do exame de mamografia para propósito de rastreamento. Em 2017, o número total de exames realizados na região Sul foi de 361.876; no ano seguinte foi de 366.033; em 2019, este número chegou a 381.135. Entretanto, quando analisado o ano de 2020, percebeu-se um decaimento no número de exames realizados na região Sul, sendo 226.372. Nesse sentido, o estado menos afetado foi o Paraná, com 99.014 exames realizados em 2020, e, no ano seguinte, com 128.030, expondo uma diminuição menos evidente, correspondente a 29,30%. Já os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina apresentaram números mais elevados: respectivamente 32.98% e 43.39%. Contudo, em 2022, este número voltou a crescer em toda a região Sul, chegando a um total de 391.782. Além disso, foi possível observar que em todos os anos analisados a faixa etária entre 50 a 54 anos se encontra à frente quanto ao número de exames realizados, com 138.558.

CONCLUSÃO

Conclui-se que a realização periódica do exame de mamografia na faixa etária estabelecida pelo Ministério da Saúde, sendo entre os 50 a 69 anos, é a principal estratégia para rastrear e detectar o câncer de mama em estágios iniciais. Entretanto, percebe-se que esse planejamento sofreu com a pandemia de Covid-19, sendo que o acompanhamento regular é necessário e a falta deste ocasiona impactos diretos referentes ao estágio da doença quando diagnosticada.

PALAVRAS-CHAVE

Mamografia; Neoplasias da Mama; Detecção Precoce de Câncer; Epidemiologia

Área

GINECOLOGIA - Mastologia

Autores

Thaisy Zanatta Aumonde, Lucía Alejandra Bolis Castro, Marisol Santana de Lima, Karoline Machado Vieira, Verônica Canarim de Menezes, Isadora Flávia de Oliveira, Leandro Fossati Silveira