61º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia da Febrasgo – CBGO 2023

Dados do Trabalho


TÍTULO

Tratamento online das disfunções sexuais: uma revisão sistemática

OBJETIVO

Avaliar o uso de ferramentas online para o tratamento de disfunções sexuais.

FONTE DE DADOS

Para a pesquisa foram utilizadas as seguintes bases de dados: Scielo, PubMed, Embase, Web of Science, Scopus e Google Scholar. Realizou-se busca de artigos que tivessem sido publicados no período de 2012 a 2022.

SELEÇÃO DE ESTUDOS

Revisão sistemática de acordo com o padrão PRISMA. Foram inicialmente encontrados um total de 21583 artigos. Foram excluídas meta-análises, revisões sistemáticas, revisões, artigos com ausência de intervenção terapêutica, não relacionados à saúde sexual, não realizado de forma online, terapias realizadas por videochamada, intervenção não aplicada e projetos de pesquisa. Foram, assim, incluídos 11 artigos para a revisão final.

COLETA E ANÁLISE DE DADOS

Após a seleção dos artigos e análise dos resumos, os trabalhos selecionados foram tabulados em planilha Microsoft Excel® para análise.

SÍNTESE DE DADOS

As disfunções sexuais afetam até 45% da população adulta mundial. As intervenções não medicamentosas são o principal tratamento, como terapia cognitivo comportamental e mindfulness. A pandemia de COVID-19 aumentou a demanda por terapias oferecidas por meio virtual, que apresentam como vantagens a facilidade de acesso, mobilidade, encurtamento de distâncias geográficas e privacidade. A principal forma de atendimento virtual se dá por meio da telemedicina ou videoconsulta, que reproduz a dinâmica de uma consulta presencial. Poucos são os estudos que analisam outras formas de interação virtual para disfunções sexuais. Nesta revisão, sete estudos avaliaram pacientes com neoplasias (cinco com neoplasias ginecológicas e dois com neoplasia de próstata). Os outros estudos avaliaram mulheres com vaginismo (1) e com queixas relacionadas a excitação/desejo (3). As técnicas de intervenção foram terapia comportamental (N=41), psicoeducação (N =220), ambas (N=216) ou grupo de apoio (N=40). Em cinco dos estudos selecionados não houve nenhum contato com terapeuta; nos outros seis o contato com o terapeuta aparece em alguma das etapas do estudo. Os únicos estudos com população masculina foram aqueles que avaliaram neoplasia da próstata.

CONCLUSÃO

Oito dos estudos mostraram resultados estatisticamente significativos (p<0,05) quanto ao uso de intervenção online proposta em cada um. O uso de ferramentas online pode auxiliar no tratamento de disfunções sexuais. Contudo, mais estudos são necessários.

PALAVRAS-CHAVE

Intervenção Baseada em Internet; Disfunção Sexual Fisiológica; Saúde Sexual

Área

GINECOLOGIA - Sexualidade e População LGBTQIAP+

Autores

Bárbara Ghannam Ferreira, Théo Lerner, Elsa Aida Gay de Pereyra, José Maria Soares Júnior, Edmund Chada Baracat