61º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia da Febrasgo – CBGO 2023

Dados do Trabalho


TÍTULO

Análise do tratamento hormonal e não hormonal na Síndrome Geniturinária da Menopausa: uma revisão atualizada.

OBJETIVO

Analisar os tratamentos hormonais e não hormonais na síndrome genitourinária na menopausa a fim de compreender os impactos dessas terapêuticas.

FONTE DE DADOS

Utilizando as diretrizes PRISMA, a busca foi conduzida a partir das bases de dados Embase, PubMed, Cochrane Library e LILAC's, com estudos publicados entre 2018 e 2023, utilizando-se os descritores "Síndrome Genitourinária da Menopausa", "Terapia de Reposição de Estrogênios" e "Tratamento Farmacológico", bem como seus equivalentes na língua inglesa. Considerou-se o nível de evidência científica e o operador lógico booleano (AND, OR, NOT).

SELEÇÃO DE ESTUDOS

Os critérios de inclusão foram: artigos científicos publicados nos últimos 5 anos, nos idiomas português e inglês, publicados na íntegra. Foram excluídos os estudos duplicados, dissertações e artigos fora do objetivo deste estudo. Dentre 51 artigos encontrados, 31 foram excluídos. Logo, 20 artigos foram selecionados para o estudo.

COLETA E ANÁLISE DE DADOS

Para a coleta de dados, quatro pesquisadores leram os 51 artigos e determinaram, diante dos critérios de seleção de estudos mencionados anteriormente, quais estavam aptos para participarem da revisão sistemática.

SÍNTESE DE DADOS

Dos 20 selecionados, 10 artigos abordaram o uso não hormonal para terapia na síndrome geniturinária na menopausa, nos quais 9 artigos (90%) concordaram com seu benefício e segurança, com destaque para a laserterapia, resultando em melhoria da função sexual e urinária. Acerca do uso hormonal, do total de 10 artigos que abordavam acerca do tema, 9 artigos (90%) concordam com o uso de terapia vaginal com estrogênio ou terapia hormonal da menopausa no manejo da síndrome, nos quais raramente cursam com efeitos adversos como câncer de mama, neoplasias e eventos tromboembólicos, em contrapartida com 1 artigo (10%) que afirma que o tratamento hormonal pode ocasionar incontinência urinária ou piora dos sintomas urinários em mulheres na perimenopausa.

CONCLUSÃO

Os artigos que defendem como alternativa à síndrome genitourinária o tratamento não hormonal, sua aplicabilidade foi destacada com a laserterapia. Enquanto os artigos que trouxeram a terapia hormonal como alternativa, defenderam o uso de estrogênio vaginal ou reposição hormonal oral e citaram a baixa relação com o curso de efeitos adversos, como câncer de mama e eventos tromboembólicos. Contudo, a escolha do tratamento adequado deve ser individualizado, ponderando história ginecológica, as comorbidades presentes e a história familiar em cada caso.

PALAVRAS-CHAVE

SÍNDROME GENITOURINÁRIA DA MENOPAUSA; TERAPIA DE REPOSIÇÃO DE ESTROGÊNIOS; TRATAMENTO FARMACOLÓGICO.

Área

GINECOLOGIA - Climatério

Autores

BEATRIZ MOURÃO GONÇALVES, MILENA DE SOUZA LUCAS, MARIA ISABEL DE ARAÚJO FERREIRA, IASMIN LIMA DA COSTA FALCÃO, BIANCA LIMA ARAÚJO MEDEIROS, JÚLIO AUGUSTO GURGEL ALVES