61º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia da Febrasgo – CBGO 2023

Dados do Trabalho


TÍTULO

ADESÃO INICIAL AO PRÉ-NATAL DE RIBEIRINHAS EM UBS FLUVIAIS DO AMAZONAS ENTRE OS ANOS DE 2017 A 2023

OBJETIVO

Analisar, de maneira quantitativa, o número de primeiras consultas de pré-natal realizadas em UBS fluviais no Estado do Amazonas nos anos de 2017 a 2023.

MÉTODOS

Trata-se de um estudo ecológico, observacional, descritivo, de abordagem quantitativa e análise temporal da adesão de comunidades ribeirinhas à primeira consulta de pré-natal em UBS Fluviais no Amazonas, de janeiro de 2017 até abril de 2023, baseado nos dados obtidos do Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica (SISAB). Foram analisados dois indicadores: o de primeira consulta realizada e o de primeira consulta feita até a 12a semana, em todas as UBS Fluviais do Amazonas cadastradas no CNES.) Não foi necessária apreciação ética por utilizar dados de acesso irrestrito.

RESULTADOS

Após a coleta dos dados, constatou-se que, no período relatado, foram realizadas 4.849 primeiras consultas de pré-natal, sendo o maior número em 2021 (1.164) e o menor em 2018 (339). Relatou-se, ainda, um crescimento progressivo e contínuo anualmente, apesar do período pandêmico, provado pelos números em 2019 (545), em 2020 (789) e em 2022 (1.127). Desse total, 1.637 (33%) foram realizadas até a 12a semana, observando-se, também, um aumento relevante no período analisado, indo de 88 atendimentos em 2017 a 457 em 2022. Ademais, foi observado a evolução da proporção entre o último indicativo com o total de primeiras consultas de pré-natal realizadas, partindo de 16% em 2017 até 52% em 2023 (até abril).

CONCLUSÃO

O Estado do Amazonas compreende a uma área chamada de território líquido, esse conceito surgiu devido a necessidade de um melhor planejamento e organização da oferta de saúde condizente a realidade cultural e física da região. A partir disso, houve a implementação da UBS Fluvial e com base nos dados analisados, percebeu-se um aumento gradativo do número de atendimentos realizados, demonstrando a importância desse tipo de arranjo organizacional para a região amazônica no que tange ao alcance proporcionado a populações que antes detinha um acesso à saúde limitado e dificultado devido à logística de transporte fluvial e organização social, demonstrando uma superação dessa barreira geográfica e uma consolidação de políticas públicas eficientes. Além disso, foi evidenciado que a maioria das gestantes realizaram a primeira consulta de pré-natal após a 12a semana, o que pode ser explicado por uma possível dificuldade de acesso devido à logística de transporte.

PALAVRAS-CHAVE

Pré-Natal; Acesso à Atenção Primária; Saúde da Mulher

Área

GINECOLOGIA - Atenção Primária

Autores

Ariane Belota Brasil, Ana Beatriz Braga Chamum de Melo , Elisa Castro de Lima, Gabriela Cardoso Traven, Ione Rodrigues Brum, Marcos Santiago Bernardes, Rafaela Rodrigues Caminha , Yasmin Minatovicz Ferreira Picanço