Dados do Trabalho
TÍTULO
Tratamento não farmacológico da disfunção sexual em mulheres no pós-parto
OBJETIVO
Avaliar a efetividade de intervenções não farmacológicas no tratamento da disfunção sexual em puérperas.
FONTE DE DADOS
A busca na literatura incluiu estudos até 28 de fevereiro de 2023, nas seguintes bases de dados: PubMed, Embase, Scopus, Web of Science, Cochrane, CINAHL, PEDro. A estratégia de busca utilizou os termos MeSH "terapias não farmacológicas", "pós-parto" e "disfunção sexual". Foram incluídos apenas ensaios clínicos randomizados com população de puérperas maiores de 18 anos.
SELEÇÃO DE ESTUDOS
Um total de 5.390 artigos foram recuperados das bases de dados e 22 estudos preencheram os critérios de inclusão. A seleção foi realizada por de maneira pareada e independente, as discrepâncias foram resolvidas por um terceiro autor.
COLETA E ANÁLISE DE DADOS
Os dados foram coletados por dois autores independentes por meio de um formulário padronizado. A meta-análise foi realizada usando o RevMan versão 5.4, usando o modelo de efeitos aleatórios. O risco de viés foi avaliado usando a ferramenta Cochrane Risk of Bias 2. Utilizamos o método Grading of Recommendations Assessment Development and Evaluation (GRADE) para avaliar a força da evidência dos resultados.
SÍNTESE DE DADOS
Na meta-análise, 8 artigos foram selecionados e 634 pacientes foram incluídos. Com relação à disfunção sexual, os resultados da meta-análise mostraram para o modelo PLISSIT: (MD:1,56; IC 95%: 1,27 a 1,84; I2: 0%), para exercícios de musculatura do assoalho pélvico (MD:4,27 IC 95%: 1,23 a 7,32; I2: 99%) e para os exercícios de Kegel (MD: 41,54; IC 95%: 33,27 a 49,80; I2: 99%). O resultado da função sexual das intervenções incluídas, duas, testes de exercícios dos músculos do assoalho pélvico e Kegel, apresentou certeza de evidência muito baixa, uma vez que alta heterogeneidade e intervalos de confiança foram observados. Os ensaios presentes na revisão têm um baixo risco de viés.
CONCLUSÃO
As intervenções avaliadas (modelo PLISSIT, exercícios de Kegel e exercícios para os músculos do assoalho pélvico) não apresentaram resultados melhores que o placebo na meta-análise.
PALAVRAS-CHAVE
Terapias não farmacológicas, Pós-parto, Disfunção sexual
Área
GINECOLOGIA - Sexualidade e População LGBTQIAP+
Autores
Antônio Carlos Queiroz Aquino, Ayane Cristine Alves Sarmento, Ana Carolina Zimmermann Simões, Ronnier Oliveira, Michelly Nóbrega Monteiro, Cijara Leonice Freitas, Ana Katherine Gonçalves