Dados do Trabalho
TÍTULO
NEOPLASIAS MALIGNAS DE ÓRGÃOS GENITAIS FEMININOS NO BRASIL NO PERÍODO DE 2019 A 2022
OBJETIVO
Descrever o número de neoplasias malignas de órgãos genitais femininos nos últimos 4 anos nas regiões do Brasil.
MÉTODOS
Trata-se de um estudo epidemiológico transversal, com análise quantitativa, descritiva e de caráter temporal, envolvendo mulheres com neoplasias malignas de órgão genitais, no período de 2019 a 2022. Os dados foram coletados através do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS), disponibilizado pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Foram usadas as variáveis: internações/AIH aprovadas, prevalência por região, média de internação, número de óbitos, faixa etária e ano e valor dos serviços hospitalares.
RESULTADOS
Durante o período analisado, foram encontradas 66.552 internações/AIH aprovadas em mulheres no Brasil, sendo o Sudeste a maior região registrada, com 29.026 internações (43,6%), majoritariamente pela sua grande população, e a região Norte a menor, com 2.686 (4%). Dessas internações, a média de permanência, em dias, foi de 4,8, apresentando, ao todo, 6.213 óbitos durante os quatro anos, com maior índice no ano de 2019 (1.657). O ano com maior registro foi 2021 em que houve um registro de 16.849 internações (25,3%) e o menor em 2020, principalmente pelo início da pandemia, apresentando-se com 23,4%. Além disso, a faixa etária mais atingida foi a de 50 a 59 anos, com 15.536 (23,3%), seguida da faixa de 60 a 69 anos, com 15.102 (22,7%) e o valor dos serviços hospitalares ao longo desses anos foi de R$169.792.845,88. Assim, observa-se que além de altos custos hospitalares gerados, as neoplasias malignas de órgãos genitais femininos têm alta taxa de óbitos, bem como uma alta taxa de letalidade (9,34).
CONCLUSÃO
Fica evidente pelo alto índice da taxa de internações e de óbitos no Brasil que as neoplasias dos órgãos genitais femininos possuem grande impacto na vida da mulher. As questões ginecológicas são identificadas como uma grande preocupação na saúde geral desta, devido ao conhecimento insuficiente acerca das necessidades de cuidados e rastreio dessas condições, tendo impacto direto na função sexual das portadoras dessas neoplasias. E é válido ressaltar que exames regulares, como o Papanicolaou e a colposcopia, disponibilizados pelo SUS, são fundamentais para detecção precoce, diagnóstico e tratamento eficaz dessas condições, a fim de promover uma melhor qualidade de vida para as pacientes acometidas e diminuindo assim o índice de mortalidade das mesmas.
PALAVRAS-CHAVE
Neoplasia; Feminino; Saúde.
Área
GINECOLOGIA - Oncologia Ginecológica
Autores
Ranielly Mendes Amorim, Amanda Maria e Silva Coelho, Geicimara Emanuele da Silva Gomes, CARLOS WILSON DALA PAULA ABREU