61º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia da Febrasgo – CBGO 2023

Dados do Trabalho


TÍTULO

COMPARAÇÃO DOS RESULTADOS DE RISCO DE FRATURAS OSTEOPORÓTICAS PELA METODOLOGIA NOGG E ABRASSO EM MULHERES PÓS-MENOPAUSA COM OSTEOPENIA/OSTEOPOROSE

OBJETIVO

Calcular o risco de fraturas osteoporóticas pela metodologia FRAX/ABRASSO em mulheres na pós-menopausa, pela comparação dos resultados do NOGG e do ABRASSO com o uso da densitometria óssea.

MÉTODOS

Foram calculados o índice FRAX pelo NOGG complementado pelo índice ABRASSO usando algoritmo gerado pelo computador, utilizando-se os resultados da densitometria óssea, na população de mulheres na pós-menopausa. Foi um estudo observacional, utilizando-se dados coletados retrospectivamente, a partir de 2007 até 2023, incluindo características sociodemográficas, clínicas e fatores de risco. Critérios de inclusão: idade de 40 a 80 anos, com osteopenia ou osteoporose, após a menopausa. Critérios de exclusão: amenorreias primárias, DDS XY, mosaico Turner, fraturas por traumas, doenças endócrinas, mieloma múltiplo, doença renal crônica, depressão grave e tratamento para câncer. O estudo estatístico foi efetuado pelo Chi-Quadrado/exato de Fisher, regressão logística, Mann-Whitney, Kruskal-Wallis.

RESULTADOS

A casuística consistiu de 910 pacientes com osteopenia/ osteoporose e após aplicação da exclusão foram 715 casos estudados. Os resultados foram: 1. O alto risco para fraturas osteoporóticas pelo ABRASSO foi mais significante em mulheres mais jovens, com IMC normal e idade da menopausa mais baixa, comparado aos resultados do baixo risco; 2. Não houve correlação do risco pelo ABRASSO em DM2, DLP, hipotireoidismo, depressão leve; 3. A regressão logística mostrou sobrepeso e obesidade com RR=[0,39(0,23-0,69)](p<0,001), insuficiência ovariana prematura e menopausa precoce mostraram RR=[1,17(0,74-1,86)](p>0,05); histórico familiar RR=[1,56(1,07-2,28)](p=0,019), fratura prévia RR=[2,20(1,49-3,24)(p<0,001) e fumo RR=[1,82(1,12-2,94)](p=0,015). 4. O método do ABRASSO não detectou alto risco do quadril acima de 70 anos (3,6% X 45%) (p<0,001); 5. A associação dos resultados obtidos de alto risco por ABRASSO e NOGG, o RR é muito elevado para fraturas do quadril [RR=10,528 (IC:5,205-21,294)](p<0,001); 6. A fratura de vértebras em qualquer idade não mostrou diferença significativa entre baixo e alto risco no FRAX.

CONCLUSÃO

Nossos dados sugerem que os valores de corte do NOGG (≥ 3% no quadril) para alto risco, detecta maior número de mulheres de risco do que os critérios do ABRASSO em idades superiores a 69 anos. FRAX de alto risco merece atenção tanto pelo NOGG como pelo ABRASSO pelo alto risco de fraturas do quadril em qualquer idade.

PALAVRAS-CHAVE

osteoporose pós-menopausa; osteopenia; índice FRAX/ABRASSO; fraturas osteoporóticas

Área

GINECOLOGIA - Endocrinologia Ginecológica

Autores

Sylvia Asaka Yamashita Hayashida, Gabriela Pereira Inoue, Isabel Cristina Esposito Sorpreso, Laura Alice Inoue Aguiar, Jose Antonio Orellana Turri, Ricardo Santos Simões, José Maria Soares Jr, Edmund Chada Baracat