61º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia da Febrasgo – CBGO 2023

Dados do Trabalho


TÍTULO

Metodologias para análise da qualidade do pré-natal: uma revisão de literatura

OBJETIVO

Analisar as metodologias e critérios utilizados para avaliação da qualidade do pré-natal no Brasil.

FONTE DE DADOS

Os artigos avaliados foram extraídos do PUBMED, LILACS e EMBASE, entre 2011 e 2021, utilizando os operadores booleanos indexados: Qualidade, Pré-natal, Brasil e seus correspondentes.

SELEÇÃO DE ESTUDOS

Foram incluídos 42 estudos a partir da realização de triagem e leitura dos títulos e resumos por dois revisores de forma independente a fim de diminuir o risco de viés. Os critérios de inclusão obedecidos foram os estudos realizados no Brasil nos idiomas português, inglês e espanhol.

COLETA E ANÁLISE DE DADOS

Foi elaborada uma tabela segundo as variáveis observadas na literatura: metodologia, mínimo de consultas no pré-natal (PN) , idade gestacional (IG) de início na assistência PN, orientações acerca do trabalho de parto, vacinação, exame laboratoriais, exame físico, manejo de risco, tratamentos, suplementação, infraestrutura do serviço e consulta puerperal. A análise dos dados foi realizada pelo SPSS (23.0).

SÍNTESE DE DADOS

Evidenciou-se que 16,7%(11/42) dos estudos utilizaram as diretrizes do Programa de Humanização no PN e Nascimento para avaliação do PN, 11,9% (5/42) o Manual Técnico do PN e Puerpério, 9,5% ( 4/42) o Caderno de Atenção Básica PN N°32 e 45,2% (19/42) utilizaram outros instrumentos de análise. Dentre os artigos analisados, 81% (34/42) utilizaram número mínimo de consultas como marcador de qualidade, sendo que 69% (29/42) aplicaram como critério o mínimo de 6 e 9,5% (4/42), o mínimo de 7. Quanto ao início da assistência como marcador de qualidade, 33,3% (14/42) utilizaram até 12 semanas de gestação, enquanto 28,6% (12/42) até 16 semanas. A variável orientações acerca do trabalho de parto foi utilizada para análise da qualidade do PN em 26,2% (11/42) e o marcador realização de consulta puerperal foi utilizado em 28,6% (12/42). Quanto à imunização, não houve padronização quanto às vacinas utilizadas para avaliar a qualidade, no entanto, o tópico foi utilizado em 59,5% (25/42) dos estudos. A realização de exames laboratoriais estava presente como parâmetro de análise em 90,5% (35/42) e a realização de exame físico estava em 57,1% (24/42).

CONCLUSÃO

Embora os parâmetros de avaliação mais utilizados estejam em consonância com o que recomenda o Ministério da Saúde, notam-se muitas divergências no que é tido como fundamental para um PN de qualidade. Reforça-se o estímulo ao uso de marcadores preconizados pelos órgãos de saúde do país, em suas análises, visando a padronização de índices para aplicação nacional.

PALAVRAS-CHAVE

Qualidade; Pré-Natal; Brasil

Área

OBSTETRÍCIA - Atenção Primária

Autores

Marla Niag dos Santos Rocha, João Pedro Ferreira Pinho de Almeida, Juliana Gonçalves Dias, Rebeca da Luz Vitória, Jéssica Mariana Lima de Oliveira, Ivana Karolina Sousa Santos, Rita de Cássia Oliveira de Carvalho Sauer, Sibele de Oliveira Tozetto Klein