61º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia da Febrasgo – CBGO 2023

Dados do Trabalho


TÍTULO

A importância da educação sexual diante do uso da vacina contra o HPV para adolescentes.

OBJETIVO

O estudo atual tem por objetivo apresentar a queda da cobertura vacinal em adolescentes contra HPV, conforme dados da UNASUS, e como a educação sexual pode efetivar a melhora desses dados e contribuir na redução de casos de câncer de colo uterino (CCU) entre os jovens.

FONTE DE DADOS

Este trabalho consiste em uma revisão sistemática de literatura. As buscas foram realizadas nos últimos 8 anos com bases de dados
Scielo e Pubmed, sendo empregados os descritores: (“sex education” and “HPV vaccine” and “cervical cancer”) com recorte temporal de 2015 a 2023.

SELEÇÃO DE ESTUDOS

Foram encontrados 1.959 artigos, sendo selecionados 6 artigos base de dados. Os critérios de inclusão abordam a educação sexual na adolescência, importância da vacinação contra HPV e câncer de colo uterino.

COLETA E ANÁLISE DE DADOS

A busca dos artigos foi específica ao tema de educação sexual associada a vacinação contra o HPV e como essa influencia
pode evitar CCU nos dias atuais de 2023. Durante esse processo realizou-se leitura do título, resumo e leitura do artigo completo.

SÍNTESE DE DADOS

O HPV 16 tem um risco aumentado em 60% de desenvolver CCU comparado com outros tipos, e no Brasil, para cada ano do
biênio de 2018-2019, foram estimados cerca de 16.370 casos novos de CCU. A partir disso, a faixa etária determinante para uma cobertura vacinal em adolescentes é entre 9 e 14 anos, devido ao sistema imunológico apresentar melhor resposta às vacinas, principalmente quando a situação do jovem é inatividade sexual, a não exposição ao vírus contribui para a imunização. Como em 2022 a vacinação em meninas com a primeira dose foi de 77,37% e 58,29% na segunda, já os meninos foram de 56,76% e 38,39%, nota-se a queda de cobertura e aumento do risco de exposição ao HPV 16 e 18 ( os principais tipos oncogênicos ). A educação sexual é um agente conscientizador da disseminação de conteúdos sobre atos sexuais seguros, a importância da vacina e as consequências das patologias pelo vírus. Além disso, devido a resquícios históricos, algumas famílias permanecem alienando de forma negativa ao tema da sexualidade, o que restringe o conhecimento dos adolescentes e expande o risco de contaminação pelo vírus.

CONCLUSÃO

A partir desse estudo, a queda da cobertura vacinal contra HPV entre os adolescentes é sugestivo de escassez de informação, mesmo com
tempo de criação da vacina, esse tema ainda precisar ser repercutido.

PALAVRAS-CHAVE

Câncer de colo uterino; Educação sexual; HPV

Área

GINECOLOGIA - Infância e Adolescência

Autores

Isabella Eduarda de Godoy Oliveira , Isabella Guiotti Calixto Jacino , Paulo Eduardo Guedes, Henrique Macêdo Sousa, Stéphane Clemente Modesto, Gabriela Portela Roriz, Eduardo Augusto Bispo , Carlos Porto Carrero Sanchez