61º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia da Febrasgo – CBGO 2023

Dados do Trabalho


TÍTULO

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE PARTURIENTES COM DIABETES MELLITUS GESTACIONAL ATENDIDAS EM UM HOSPITAL NO SUL DE SANTA CATARINA

OBJETIVO

Verificar a prevalência e o perfil das parturientes com Diabetes Mellitus Gestacional atendidas em um hospital no Sul de Santa Catarina.

MÉTODOS

Foi realizado um estudo epidemiológico transversal, cuja população constituiu-se por parturientes e seus recém-nascidos admitidos em uma maternidade do Sul de Santa Catarina, no período de agosto a dezembro de 2022. Foram incluídas no estudo parturientes maiores de 18 anos e seus respectivos recém-nascidos. Foram excluídas as parturientes com alterações de compreensão ou expressão verbal que comprometessem a resposta ao protocolo de coleta de dados e parturientes que necessitaram de internação na UTI durante o período de coleta de dados. As variáveis foram: dados sociodemográficos, dados pré-gestacionais e gestacionais, glicemia de jejum, comorbidades, paridade, história de aborto, via de parto, indicação de cesárea, gestação planejada, apoio familiar em relação a gestação, IMC pré-gestacional, número de consultas pré-natais, tabagismo e/ou alcoolismo durante a gestação, intercorrências durante a gestação e/ou no parto, DMG prévio; dados do tratamento do DMG, dados da internação, dados do recém-nascido. Os dados foram agrupados no Excell e analisados pelo programa SPSS.

RESULTADOS

O estudo foi composto por 413 puérperas. O perfil sociodemográfico foi de mulheres caucasianas, idade menor que 35 anos, casadas ou em união estável, com atividade laboral e escolaridade acima de nove anos de estudo. A prevalência de diabetes mellitus gestacional foi de 17% na amostra. Quando comparado à ocorrência de DMG, o IMC pré-gestacional e o pré-natal inadequados estiveram relacionados com maior prevalência de diagnóstico. Parturientes com DMG tiveram maior relação com ocorrência de parto cesárea. Hipoglicemia neonatal e macrossomia foram mais frequentes como desfechos neonatais. O tratamento não farmacológico foi o de maior predominância.

CONCLUSÃO

A prevalência de diabetes mellitus gestacional foi de 17% na amostra e houve associação com IMC e pré-natal inadequados, assim como reflete em desfechos neonatais desfavoráveis como hipoglicemia neonatal.

PALAVRAS-CHAVE

Diabetes Mellitus Gestacional; Saúde Materno-Infantil; Pré-natal; Assistência Perinatal.

Área

OBSTETRÍCIA - Epidemiologia das doenças gestacionais

Autores

Eduarda Miot Panazzolo, Raílla Vandresen, Júlia Stopassoli Buss, Daniela Ferreira D'agostini Marin, Daniela Quedi Willig