61º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia da Febrasgo – CBGO 2023

Dados do Trabalho


TÍTULO

QUALIDADE DA ASSISTÊNCIA AO PRÉ NATAL NA ATENÇÃO BÁSICA: ANÁLISE DESCRITIVA DOS ÚLTIMOS 5 ANOS

OBJETIVO

Analisar o número de consultas nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) direcionado a assistência pré natal, com ênfase no
primeiro atendimento até as 12 semanas e no número de consultas no Brasil, por gestante, nos últimos 5 anos.

MÉTODOS

Estudo epidemiológico e descritivo com dados do SISAB por intermédio da análise do Relatório de Pré Natal da Atenção Básica no período de 2018-2022 e unidade geográfica Brasil, baseado nos indicadores: ‘’gestante com primeiro atendimento de pré natal’’, ‘’gestante com primeiro atendimento de pré natal até 12 semanas’’ e ‘’número de consultas de pré natal por gestante’’. Concomitantemente, realizou-se pesquisa avançada no PubMed nos últimos 5 anos, com os descritores “prenatal care”, “prevention of diseases”, “gestation” e “Covid-19”, com a escolha de 5 artigos para complementariedade do tema. O CAAE não se aplica, visto que o trabalho foi realizado com dados públicos do SISAB.

RESULTADOS

Entre 2018-2022 houve 8.513.752 primeiras consultas de pré-natal e, delas, 55.6% correspondiam até 12 semanas, com crescimento de 32.4% no intervalo e média de 1.1% a.a. No mesmo período houve aumento de 48% nas consultas de pré-natal por gestante e média de 7.75 a.a., apesar da redução isolada de 11.2% em 2022. Sobre a quantidade de consultas (%): 1 a 3 (59.9), 3 a 5 (15.7) e ≥ 6 (24.4), com evolução de 18.4% em 2018, 20% em 2019, 22% em 2020, 28% em 2021 e 31.4% em 2022 no padrão de ≥ 6 consultas, sem grandes alterações na pandemia. A literatura, em consonância com as evidências disponíveis, sugestiona relação favorável ao número de consultas devido às estratégias adotadas, principalmente no período de pandemia, exemplificado nas precauções de contato e no incentivo ao atendimento remoto - telessaúde, aplicativos de vídeo chamadas.

CONCLUSÃO

Apesar do estado de calamidade pública ocasionado pela pandemia de Covid-19, observa-se avanço notório e gradual na porcentagem de gestantes com o primeiro atendimento até 12 semanas e do número absoluto ≥ 6 consultas de pré-natal. É evidente que as ações integrativas e de assistência na atenção básica, inclusive na pandemia, apresentaram efeitos positivos. Além disso, é importante considerar que a redução isolada do número de consultas de pré natal das UBS no ano de 2022 pode sugerir diminuição do compromisso pelas gestantes após a pandemia, o que pode comprometer o melhor manejo no binômio materno-fetal.

PALAVRAS-CHAVE

Cuidado Pré-Natal; Gravidez; COVID-19;

Área

OBSTETRÍCIA - Atenção Primária

Autores

Camila Cardoso Da Rocha Silva, Ana Maria Faria Esteves, Arthur Ricardo Alves Da Silva, André Diniz Dobbin, Fernanda Lopes De Araujo , Luiza Palmeira Kavamoto, Marina Miguel De Lucena, Giovanna Martins Romão Rezende