61º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia da Febrasgo – CBGO 2023

Dados do Trabalho


TÍTULO

Análise epidemiológica de nascidos vivos de mães com 40 anos ou mais em Santa Catarina entre 2017 e 2021

OBJETIVO

Analisar o perfil epidemiológico dos nascidos vivos de mães com 40 anos ou mais no estado de Santa Catarina entre 2017 e 2021.

MÉTODOS

Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo de corte transversal. Os dados foram coletados do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC), em que foram pesquisadas as variáveis idade da mãe, estado civil da mãe, instrução da mãe, adequação do pré-natal, duração da gestação, peso ao nascer e anomalia congênita. Posteriormente, os dados foram tabulados no programa Microsoft Word. Considerando que os dados são de domínio público, a submissão ao Comitê de Ética em Pesquisa foi dispensável.

RESULTADOS

Entre 2017 e 2021, em Santa Catarina, o número de nascidos vivos de mães acima de 40 anos apresentou um aumento crescente ano após ano, totalizando 17.098 bebês, o que representou 3,4% de todos os nascidos vivos nesse período. A maioria 95% dessas mães tinham de 40 a 44 anos. Já no que tange à escolaridade, 8 a 11 anos de estudo representou 42,7% das mães, seguido de 35,5% com 12 ou mais anos e 17% com 4 a 7 anos. Em relação ao estado civil, 43,6% das mulheres eram casadas, 29,2% solteiras e 21,4% possuíam união consensual. O pré-natal foi classificado como mais que adequado em grande parte dos casos 71,4%, enquanto que em 1,47% foi inadequado e em 6,1%, adequado. Relativamente à duração da gestação, verificou-se que 88,9% dos bebês nasceram a termo, 14,5% prematuros e 1,2% pós termo. O peso ao nascer mais recorrente foi classificado como normal 82,8%, já o baixo peso ao nascer representou 10,7% e os recém-natos macrossômicos compuseram 6,4% do total. Analisando a presença de anomalias congênitas, observou-se que estas foram mais frequentes entre 40-44 anos 1,6%.

CONCLUSÃO

Observou-se que as mães, em grande parte, tinham até 44 anos e cerca de dois quintos delas eram casadas. A maioria dos bebês com mães acima de 40 anos nasceram a termo e com o peso apropriado, o que pode estar relacionado ao pré-natal mais que adequado realizado pela parcela majoritária delas. Assim, sabendo que nos últimos anos a quantidade de nascidos vivos, em Santa Catarina, de mães da faixa etária estudada aumentou, cabe aos profissionais de saúde estarem preparados para o atendimento dessas famílias e suas peculiaridades.

PALAVRAS-CHAVE

Nascidos vivos; Gravidez; Epidemiologia

Área

GINECOLOGIA - Epidemiologia

Autores

Marisol Santana de Lima, Lucía Alejandra Bolis Castro, Verônica Canarim de Menezes, Karoline Machado Vieira, Isadora Flávia de Oliveira, Thaisy Zanatta Aumonde, Leandro Fossati Silveira