61º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia da Febrasgo – CBGO 2023

Dados do Trabalho


TÍTULO

CARACTERIZAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DE IDOSAS COM AIDS NA REGIÃO NORTE DO BRASIL DE 2016 A 2022

OBJETIVO

Apresentar o perfil epidemiológico de mulheres idosas acometidas pela Síndrome da Imunodeficiência Humana (Aids) entre os anos de 2016 e 2022 na região norte do Brasil.

MÉTODOS

Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo, de abordagem quantitativa, acerca dos casos de Aids diagnosticados em idosas, de 60 anos ou mais, na região norte do Brasil. Para isso, utilizou-se os dados disponibilizados pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), pela ferramenta TABNET. Foram consideradas as variáveis: número de casos, ano do diagnóstico, faixa etária, raça, escolaridade, unidades federativas, forma de infecção e sexualidade.

RESULTADOS

Foram notificados 199 casos de Aids em idosas durante o período de 2016 a 2022 na região norte do Brasil. Os casos diagnosticados decresceram de 2017 a 2020, mas cresceram em 38% no ano de 2021, em relação ao ano de 2020. No ano de 2022, houve uma queda de 48% em relação a 2021. Quanto às unidades federativas, o estado do Pará teve o maior número de diagnósticos durante esse período, com 78 casos (39,2%), seguido pelo Amazonas, com 50 (25,13%) e por Rondônia, com 30 (15,08%). Observou-se maior incidência na faixa de 60 a 64 anos (58,8%), quando comparada às faixas de 65 a 79 anos (38,2%), e de 80 anos ou mais (3%). Em relação à raça, houve frequência de 79,9% em pardas, 10,6% em brancas, 3,5% em pretas e 1% em amarelas. Quanto à escolaridade, foram obtidos os dados de 146 desses casos, dentro dos quais 18,5% eram analfabetas, 44,5% tinham ensino fundamental incompleto, 11,6% fundamental completo, 7,5% médio incompleto, 13% médio completo e 4,8% superior completo. Tratando-se da forma de infecção pelo HIV, 181 se deram por via sexual, sendo desta 97,2% em mulheres heterossexuais, 2,2% em homossexuais, e somente 1 bissexual. Por fim, houve somente 1 caso de transmissão vertical, e o tipo de transmissão de 17 casos foi ignorado.

CONCLUSÃO

Assim, mesmo com evidências de declínio no último ano (2022), faz-se necessário a abordagem dessa temática para avaliar as condições de diagnósticos para esse perfil populacional, bem como para intervir precocemente.

PALAVRAS-CHAVE

Sorodiagnóstico da AIDS; Pessoas Idosas; Saúde da Mulher; Saúde da Pessoa Idosa.

Área

GINECOLOGIA - Doenças Sexualmente Transmissíveis

Autores

Rayssa Nascimento Filgueira, Sophia Marques Gambardello de Amorim, Emanuelle Maria Dias Guimarães, Isabella Cavalcante Varão, Erminiana Damiani de Mendonça, Antonione Glaydson Ferreira Resende