61º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia da Febrasgo – CBGO 2023

Dados do Trabalho


TÍTULO

Análise da mortalidade materna no estado do Amazonas no período de 2017 a 2021

OBJETIVO

Descrever de forma quantitativa a mortalidade materna no Amazonas de 2018 a 2021, com um enfoque especial na influência da pandemia de COVID-19.

MÉTODOS

Tratou-se de um estudo descritivo e retrospectivo, baseado na análise de dados secundários obtidos a partir do Sistema Único de Saúde registrados na plataforma DATASUS, a qual foi utilizada para acessar informações sobre óbitos maternos registrados na região Norte, com foco na unidade de federação do Amazonas, no período de 2017 a 2021. Foram incluídos os óbitos maternos durante a gravidez, parto, aborto e puerpério que ocorreram no Amazonas. Foram excluídos os registros de óbitos não relacionados à mortalidade materna. O período relevante considerado foi de 2017 a 2021, abrangendo 5 anos.

RESULTADOS

Os resultados coletados sobre o óbito materno no período de 2017 a 2021 revelaram um aumento gradual na quantidade de mortes ao longo dos anos. Em 2017, foram registradas 50 mortes maternas, seguidas por 71 em 2018 e 60 em 2019. No entanto, o ano de 2020 apresentou um aumento significativo, com 77 óbitos maternos registrados. Esse aumento foi ainda mais acentuado em 2021, quando foram contabilizadas 122 mortes maternas, indicando um cenário preocupante de aumento da mortalidade materna no estado do Amazonas.

CONCLUSÃO

Em conclusão, os resultados deste estudo apontam para um aumento significativo na mortalidade materna no estado do Amazonas nos anos de 2020 e 2021, comparados aos anos anteriores. A influência direta da pandemia de COVID-19 nesse aumento é evidente, sendo isolado ao estarrecedor cenário de falta de oxigênio, as maternidades mantiveram disponibilidade do composto aos leitos de UTI, destacando-se assim, a associação da ascensão do número de óbito a gravidade da doença e seus efeitos sobre a saúde materna. A sobrecarga do sistema de saúde também emergiu como um fator preocupante, visto que muitas gestantes enfrentaram dificuldades para obter leitos de UTI e atendimento adequado. Essa situação reforça a necessidade urgente de medidas preventivas e de fortalecimento do sistema de saúde, como o aumento da capacidade de leitos e a implementação de estratégias eficazes de triagem e atendimento a gestantes em risco.

PALAVRAS-CHAVE

mortalidade materna; COVID-19; pandemia; Amazonas; UTI

Área

OBSTETRÍCIA - Estratificação de risco em Obstetrícia

Autores

Lázara Gabriela Oliveira Silva, Luana Izabela Azevedo Carvalho, Pietro Pinheiro Alves, Ana Paula Oliveira Pinto, Geovanna Oliveira Silva, Mariana Guimaraes Oliveira Castro, Amanda Fatima Gurgel Monteiro, Sibele Vieira Pereira