61º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia da Febrasgo – CBGO 2023

Dados do Trabalho


TÍTULO

ÁCIDO FÓLICO EM GESTANTES: EXPLORANDO SUA ASSOCIAÇÃO NO TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA

OBJETIVO

Avaliar a incidência do Transtorno do Espectro Autista em proles de mulheres que fizeram uso de ácido fólico durante a gestação

FONTE DE DADOS

Esta pesquisa é uma revisão sistemática, baseada na estratégia PICO. Foi adotada a recomendação STROBE. Os portais online PubMed e SciELO foram utilizados para essa revisão. A busca ocorreu no mês de junho de 2023, seguindo os seguintes descritores da DECS/MESH: Autism Spectrum Disorder;Pregnant Women; Folic Acid Deficiency, utilizando os operadores booleanos “AND” e “OR”. A limitação da revisão foi o pequeno espaço amostral das pesquisas encontradas e poucas informações sobre o desfecho do transtorno do espectro autista.

SELEÇÃO DE ESTUDOS

Os critérios de escolha para a seleção dos artigos foram: artigos publicados entre 2013 e 2023, disponíveis na íntegra, em inglês ou português. Foram excluídos artigos de revisão, ensaios clínicos em animais e artigos duplicados. Nas bases de dados, foram encontrados 674 artigos nas bases de dados após a aplicação do método PRISMA. Após a leitura dos títulos e resumos, 8 artigos destes foram selecionados para leitura na íntegra.

COLETA E ANÁLISE DE DADOS

Para a análise dos dados, foi feita uma ralação em tabela, extraindo o tamanho da amostra e fatores associados a prevalência do espectro do autista em proles de mulheres que fizeram uso de ácido fólico na gestação. A pesquisa e seleção dos artigos foram realizadas por dois pesquisadores de forma duplo cego.

SÍNTESE DE DADOS

Os fatores associados com o transtorno do espectro autista (TEA) e uso de ácido fólico em gestantes, foram identificados: idade materna, sexo da criança, etnia e situação socioeconômica. Em seis dos oito artigos selecionados foram apontados a menor incidência do TEA associado à ingestão do ácido fólico durante a gravidez em comparação com aquelas sem suplementação, dois dos artigos não foi possível estabelecer evidências benéficas entre a utilização do ácido fólico e a proteção contra o TEA. Além disso, um dos estudos de coorte demonstrou que suplementação baixa (≤2 vezes/semana) e alta (>5 vezes/semana) foi relacionada ao aumento do risco de TEA.

CONCLUSÃO

Este trabalho investigou a associação entre ácido fólico na gestação e TEA. Dentre os oito estudos analisados, seis indicaram menor incidência de TEA em gestantes que receberam suplementação de ácido fólico, dois foram inconclusivos e um mostrou aumento do risco de TEA quando feito uso de baixa e de alta frequência da suplementação. Assim, necessita-se de mais pesquisas para avaliar a incidência de TEA nas gestações suplementadas com ácido fólico

PALAVRAS-CHAVE

Autism Spectrum Disorder;Pregnant Women; Folic Acid Deficiency

Área

OBSTETRÍCIA - Atenção Primária

Autores

Lucas Carlos de Almeida, Peres Embiruçu Barreto Junior, Mateus Augusto Ponsoni, Luiza Carla dos Santos Maciel, Rhaylanna Silva Brito, Sarah Cecília Alves de Sousa, Maciel Santos Oliveira Alves, Pedro Augusto Fonseca Dias