61º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia da Febrasgo – CBGO 2023

Dados do Trabalho


TÍTULO

TRANSMISSÃO VERTICAL DO HIV: UMA CONDIÇÃO AINDA PRESENTE NO TERRITÓRIO BRASILEIRO?

OBJETIVO

Analisar a incidência da transmissão vertical do Vírus da Imunodeficiência Humana no Brasil entre os anos de 2017 a 2021.

MÉTODOS

Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo observacional de morbidade de transmissão vertical de HIV no Brasil, de acordo com o ano de ocorrência, faixa etária, etnia, sexo e região geográfica, de acordo com o IBGE no período de 2017 a 2021. A coleta de dados foi realizada pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde do Brasil (DATASUS) com tabulação dos dados a partir do programa TABNET fornecidos pelo Sistema de Informações de Agravos de Notificação (SINAN) declarados no Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) e registrados no Sistema de Controle de Exames de CD4+/CD8+ e Carga Viral do HIV (Siscel) e Sistema de Controle Logístico de Medicamentos (SISCLOM).

RESULTADOS

Segundo os dados de Morbidade do SUS entre os anos de 2017 e 2021, o total de casos de HIV notificados que foram categorizados como “Transmissão Vertical” foi de 1.459 e o ano de 2017 demonstrou ser o ano com maior número de casos (27,75%, n= 405). Ademais, a transmissão vertical do vírus HIV mostrou ser uma condição mais prevalente na região Sudeste (30,43%, n= 444) seguida pela região Nordeste (29,40%, n= 429). Em relação aos anos analisados, também constatou-se que a condição ocorre mais frequentemente em indivíduos do sexo masculino (56,20%, n= 820) com predomínio na faixa etária inferior a 5 anos (34,40%, n=502) e entre 5 e 12 anos (14,46%, n=211). Além disso, também constatou-se que a etnia parda foi a mais notificada (53,05%, n= 774).

CONCLUSÃO

A partir dos resultados coletados, é possível concluir que a transmissão vertical do HIV ainda é um tipo de propagação do vírus frequente em todo território brasileiro e que, se tornam necessárias medidas preventivas para esse tipo de transmissão, como realização do número adequado de consultas de pré-natal, testagem da doença com conduta terapêutica adequada para os casos positivados com restrição do aleitamento materno. Ademais, por conta do predomínio da transmissão em algumas regiões, se torna necessário que o suporte de insumos para efetivar essas medidas preventivas seja maior nesses respectivos territórios. Além das particularidades geográficas, também devem ser efetivadas precauções individuais com enfoque na etnia com uma maior realização de medidas socioeducativas para esse grupo populacional

PALAVRAS-CHAVE

Transmissão vertical, HIV, Vírus.

Área

OBSTETRÍCIA - Doenças infecciosas na gestação

Autores

Isabella Pasqualotto, Anita dos Santos Cardoso, Isabella Morais Gripp, Pedro Henrique Nunes Barra, João Matheo Condack de Oliveira, Sarita Cardoso, Ana Laura Stone Avena de Oliveira, Rafaela Werneck Ranção