Dados do Trabalho
TÍTULO
ASPECTOS DA NEOPLASIA TROFOBLÁSTICA GESTACIONAL NA REGIÃO AMAZÔNICA BRASILEIRA – ANÁLISE DE 5 ANOS
OBJETIVO
Avaliar o número de casos de Neoplasia trofoblástica gestacional (NTG) nos estados pertencentes à região amazônica brasileira, entre 2018 a 2022.
MÉTODOS
Trata-se de um estudo retrospectivo, descritivo e observacional, de caráter quantitativo, de uma série histórica de 5 anos (2018-2022), baseado em dados provenientes do DATASUS\SISNAN, dos estados da Região Amazônica brasileira. Os resultados foram transferidos para uma planilha do Programa Excell e desenvolvidos gráficos e tabelas. As variáveis estudadas foram: número de casos total por estados, número de casos por ano, faixa etária no diagnóstico, modalidade terapêutica estabelecida e comparativo com incidência no Brasil. Conforme a resolução 510\2016 e nos termos da Lei 12.527\2011, o trabalho não foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa (CEP), por ser realizado com dados secundários do SUS.
RESULTADOS
Durante o período estudado o número total de casos nos estados pertencentes a região amazônica foi de 121, com distribuição por estado da seguinte forma: Rondônia 25 (20.6%), Pará 20 (16.5%), Mato Grosso 19 (15,7%), Maranhão 16 (13.2%), Tocantins 15 (12.3%), Amazonas 13 (10.7%), Acre 5 (4.1%), Roraima 5 (4.1%) e Amapá 3 (2.4%). O maior número de casos foi encontrado no ano de 2022 mas sem diferenças significativas aos anos anteriores estudados. De acordo com a faixa etária, a maior incidência foi entre 20 a 24 anos 33 (27.2%) e 101 (83.4%) tiveram a quimioterapia como modalidade terapêutica, somente 1 (0.8%) foi submetida a cirurgia e 19 (15.7%) sem informação de tratamento. Em comparação com regiões, observa-se que a região norte (onde abrange a maioria dos estados da Amazônia) teve apenas 86 (6.5%) casos notificados ficando em último lugar no quantitativo total do país, este de 1319. Em primeiro lugar, ficou a região sudeste com 465 casos (35.2%). Discrepância grande entre as regiões, o que pode levantar a hipótese de subnotificação e/ou a falta de conhecimento da população e equipe médica.
CONCLUSÃO
A NTG é a condição maligna e grave da evolução da doença trofoblástica gestacional, com alta taxa de morbimortalidade. O diagnóstico tardio está associado ao surgimento de metástases, porém o diagnóstico precoce pode evitar evolução para forma maligna. Este estudo mostra a importância da realização de políticas públicas objetivando maior notoriedade desta patologia a fim de propor conhecimento à população e aos próprios médicos, evitando subnotificação e proporcionando o diagnóstico precoce melhorando o desfecho clínico dos casos.
PALAVRAS-CHAVE
Neoplasia trofoblástica gestacional; Gravidez molar; Quimioterapia
Área
GINECOLOGIA - Oncologia Ginecológica
Autores
AMANDA DE FÁTIMA GURGEL MONTEIRO, ANA PAULA DE OLIVEIRA PINTO, LAZARA GABRIELA OLIVEIRA SILVA, MARIANA GUIMARAES DE OLIVEIRA CASTRO, SIBELE VIEIRA PEREIRA, PEDRO MONTEIRO NETO, FERNANDA LEMOS MAGALHÃES