61º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia da Febrasgo – CBGO 2023

Dados do Trabalho


TÍTULO

Relação entre percepção de violência obstétrica e experiência de parto em mulheres no estado de Sergipe

OBJETIVO

O presente estudo tem como objetivo analisar a relação entre percepção de mulheres que pariram no estado de Sergipe acerca da violência obstétrica e nível de satisfação com as suas experiências de parto

MÉTODOS

O presente estudo tem como objetivo analisar a relação entre percepção de mulheres que pariram no estado de Sergipe acerca da violência obstétrica e nível de satisfação com as suas experiências de parto. MÉTODOS: Trata-se de um estudo do tipo observacional em que foram entrevistadas mulheres que pariram em maternidades públicas e privadas de Sergipe, no período de setembro de 2021 a agosto de 2022. Foram incluídas no estudo mulheres que pariram em unidades públicas e privadas em um período igual ou menor a cinco anos, maiores de 18 anos, que tiveram seus partos realizados por membros da equipe de plantão das unidades e que concordaram em participar da pesquisa mediante assinatura do termo de consentimento livre esclarecido. Foram excluídas mulheres abaixo de 18 anos, atendidas em maternidades públicas ou privadas por abortamento, e que tiveram o parto mais recente há mais de cinco anos. O projeto foi submetido ao Comitê de Ética e Pesquisa através da Plataforma Brasil e aprovado sob o CAAE 47060621.8.0000.5546. As variáveis analisadas foram percepção da violência obstétrica no próprio parto e percepção e avaliação geral da experiência de parto. Para análise, as participantes foram separadas em dois grupos, o grupo de mulheres que ‘perceberam violência obstétrica’ e o das que ‘não perceberam’. Para análise das variáveis utilizou-se teste do Qui-Quadrado (p<0,05) e o teste de Fisher.

RESULTADOS

Quando analisada a variação da experiência de parto da paciente frente à percepção de violência obstétrica, houve associação significativa (p<0,05) entre as pacientes ‘que perceberam’ e as que ‘não perceberam violência obstétrica’. Dentre as mulheres que não perceberam, 86 (38,74%) classificaram a experiência do parto como excelente, 122 (54,96%) consideraram boa, 12 (5,4%) avaliaram como ruim e 2 (0,9%) julgaram como péssima. Já dentre as mulheres que perceberam violência obstétrica, 5 (4,3%) classificaram a experiência do parto como excelente, 49 (42,7%) consideraram boa, 38 (33%) avaliaram como ruim e 23 (20%) julgaram como péssima

CONCLUSÃO

As avaliações da experiência de parto foram menos favoráveis entre as pacientes que perceberam violência obstétrica

PALAVRAS-CHAVE

Percepção de violência obstétrica; Experiência de parto; Nível de satisfação de parturientes;

Área

OBSTETRÍCIA - Assistência ao trabalho de parto e suas fases clínicas

Autores

Yasmin Juliany de Souza Figueiredo, RENATA Fontes Pereira, Laura Teresa Reis dos Santos, Marcelli de Lima Silva, Anne Caroline Costa de Andrade Oliveira, Taiana Resende Silva, Thais Serafim Leite de Barros Silva, Julia Maria Gonçalves Dias