61º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia da Febrasgo – CBGO 2023

Dados do Trabalho


TÍTULO

DE CASA À MATERNIDADE: TEMPO DE DESLOCAMENTO E TRANSPORTES UTILIZADOS PELAS GESTANTES EM ARACAJU-SE

OBJETIVO

Analisar a trajetória da gestante até a maternidade final, incluindo o meio de transporte utilizado e o tempo de deslocamento, em Aracaju-SE.

MÉTODOS

Estudo de caráter transversal realizado entre junho de 2015 e abril de 2016, extraído da pesquisa Nascer em Sergipe. Nele, foram incluídas as maternidades que tiveram mais que 500 partos/ano, totalizando 4 maternidades em Aracaju/SE. Foram entrevistadas 444 puérperas procedentes de Aracaju. Foram incluídas todas as mulheres admitidas nas maternidades selecionadas por ocasião da realização do parto e seus conceptos, vivos ou mortos, com peso ao nascer ≥ 500g e/ou idade gestacional ≥ 22 semanas de gestação que aceitaram participar do estudo, com assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Foram excluídas do estudo gestantes que deram à luz fora do ambiente do hospital selecionado e estrangeiras que não entendem português. As entrevistas foram realizadas com intervalo mínimo de 6h após o parto. A variável de exposição (variável independente) analisada foi o risco da gestação, sendo alto ou baixo. Os desfechos avaliados (variáveis dependentes) foram: meio de transporte utilizado para chegar à maternidade/hospital e o tempo entre sair de casa e chegar ao serviço de saúde onde o parto foi realizado. CAAE: 22488213.4.0000.5546

RESULTADOS

De acordo com os meios de transporte utilizados, foram registrados: carro particular (57,2%), ambulância (21,6%) e táxi (14,6%). O tempo de deslocamento total, entre sair de casa e chegar ao hospital onde realizou-se o parto, teve uma média de 60,23 minutos (média obtida por Desvio Padrão de 86,19). Em relação à avaliação segundo risco obstétrico, o tempo apresentado pela gestante de alto risco foi em média: 65,69 minutos, e de baixo risco: média de 56,67 minutos.

CONCLUSÃO

O carro particular foi o meio de transporte utilizado pela maioria absoluta das gestantes entrevistadas, mesmo este não sendo o tipo de transporte mais seguro. O tempo de chegada das gestantes de alto risco na maternidade foi superior ao das gestantes de risco habitual, o que é problemático, visto que a classificação de risco durante o pré-natal de nada vale se a gestante não consegue chegar na maternidade em tempo adequado.

PALAVRAS-CHAVE

gravidez; meios de transporte; maternidades; tempo de deslocamento; parto;

Área

OBSTETRÍCIA - Assistência ao trabalho de parto e suas fases clínicas

Autores

CATARINA ROCHA FREITAS CAMPOS, LUCAS MAXMYLLUN LIMA SILVA, MARCELLI DE LIMA SILVA, LAURA TERESA DOS REIS SANTOS, JULIA MARIA GONÇALVES DIAS, THAIS SERAFIM LEITE DE BARROS SILVA , DANIELA SIQUEIRA PRADO