61º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia da Febrasgo – CBGO 2023

Dados do Trabalho


TÍTULO

PROFILAXIA DE PRÉ-ECLÂMPSIA COM BAIXAS DOSES DE ÁCIDO ACETILSALICÍLICO: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA

OBJETIVO

Avaliar a eficácia do uso de baixas doses de ácido acetilsalicílico (AAS) em gestantes com fatores de risco para pré-eclâmpsia (PE), visto que é uma condição de grande impacto em complicações gestacionais.

FONTE DE DADOS

Uma busca eletrônica foi realizada nos bancos de dados MEDLINE, LILACS, e SCIELO. Foi utilizado como filtro pesquisas em “português” e "inglês" com publicação entre os anos 2013 a 2023, com os descritores “AAS”, “pré-eclâmpsia” e “gestação”.

SELEÇÃO DE ESTUDOS

Foram encontrados 960 estudos, destes apenas 15 se encaixaram nos critérios de elegibilidade, e 5 relatos foram acessados e lidos. Como critério de exclusão utilizou-se artigos que divergiam da temática proposta.

COLETA E ANÁLISE DE DADOS

Foram coletados ensaios clínicos e estudos de coorte longitudinais, sendo priorizados estudos coerentes com os dados, contribuindo para a formação de uma revisão sistemática com metanálise.

SÍNTESE DE DADOS

A pré-eclâmpsia é definida por hipertensão e proteinúria detectadas após 20 semanas de gestação, manifestadas com insuficiência placentária, podendo gerar desfechos danosos à gestante. Sua prevalência é de 70000 mortes maternas em todo o mundo, a cada ano. A doença causa um desequilíbrio nos moduladores inflamatórios, especialmente no tromboxano A2, que atua na vasoconstrição e estimulação da agregação plaquetária. Em vista disso, relatos da administração de AAS antes da 16° semana de gestação apresentaram benefícios na prevenção da PE, à medida que inibe a síntese de tromboxanos. Constatou-se também que a dosagem diária ideal para bons resultados é de 80 a 150mg, devendo ser ingerido no período vespertino. Portadoras de hipertensão crônica, diabetes mellitus, história prévia de PE, insuficiência renal crônica, lúpus e síndrome antifosfolípide se enquadram no perfil de alto risco. A revisão traz os principais pontos questionados nos estudos escolhidos, apesar de abordarem desfechos parecidos.

CONCLUSÃO

Destarte, a presente revisão sistemática apresentou as mudanças no desfecho gestacional de pacientes com risco aumentado para pré-eclâmpsia através da ingestão de baixas doses de AAS. Os estudos exibiram equivalência nas informações quanto à dosagem, início de tratamento e população de risco. No entanto, mais estudos são imprescindíveis para melhor qualidade no tratamento dessas gestantes.

PALAVRAS-CHAVE

Pré-eclâmpsia; AAS; Gestação;

Área

OBSTETRÍCIA - Predição / prevenção de doenças no ciclo gravídico puerperal

Autores

Letícia Rocha Sobral, Alessandra Vitória de Menezes Nunes, Summer Santana Linhares, Lorena dos Santos Blinofi Cruz, Kamille Costa Nunes, Michelle Fontes Sobral de Oliveira Costa