61º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia da Febrasgo – CBGO 2023

Dados do Trabalho


TÍTULO

A RELAÇÃO GESTANTE-MATERNIDADE NO SERVIÇO PÚBLICO E PRIVADO NO MUNICÍPIO DE ARACAJU-SE

OBJETIVO

Comparar a vinculação da gestante à sua maternidade entre os serviços de financiamento público e privado no município de Aracaju-SE.

MÉTODOS

Trata-se de um estudo transversal que reproduz a metodologia do inquérito Nascer no Brasil. Foram incluídas as maternidades que realizaram mais de 500 partos/ano, totalizando 4 maternidades em Aracaju/SE, duas delas vinculadas ao serviço privado, uma ao público e uma de financiamento misto. Todas as mulheres admitidas nas maternidades selecionadas por ocasião da realização do parto e seus conceptos, vivos ou mortos, com peso ao nascer ≥ 500g e/ou idade gestacional ≥ 22 semanas de gestação que aceitaram participar do estudo foram incluídas. Excluiu-se gestantes que deram à luz fora do ambiente do hospital selecionado e estrangeiras que não entendem português. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa sob o CAAE: 22488213.4.0000.5546.

RESULTADOS

De um total de 444 gestantes selecionadas, 84,3% das atendidas pelo serviço privado e 60,9% das atendidas no setor público foram orientadas durante a gestação em relação a qual hospital/maternidade procurar. 98,9% das usuárias do sistema privado realizaram o parto onde referenciadas, contrastando aos 73% da rede pública. Não houve relatos de busca prévia em outro hospital/maternidade entre as gestantes que usufruíram da gestão particular. Entre as do serviço público, 40,5% procuraram atendimento em outro hospital/maternidade. Destas, 83% (n=112) passaram por dois, 12,6% (n=17) por três e 4,4% (n=6) por quatro serviços de saúde até a realização do parto. Em relação ao motivo que impediu o internamento no hospital/maternidade procurado previamente, predominou a ausência de médico plantonista ou hospital em condição de atender (38,5%), seguido pelo referenciamento para outro hospital por situação de risco (23%), a ausência de vaga e da ocorrência de trabalho de parto (9,6% cada), 2,2% não foram informadas da justificativa e 26,5% referem outros motivos.

CONCLUSÃO

As usuárias do setor privado apresentam uma maior orientação, maior filiação à maternidade e menor peregrinação em relação às gestantes do sistema público. O principal motivo de recusa de atendimento por parte dos serviços foi a falta de médico plantonista ou hospital sem condições de atendimento.

PALAVRAS-CHAVE

GESTAÇÃO; HOSPITAL MATERNIDADE; PODER PÚBLICO; SETOR PRIVADO.

Área

OBSTETRÍCIA - Assistência ao trabalho de parto e suas fases clínicas

Autores

CATARINA ROCHA FREITAS CAMPOS, ANA JÚLIA SIQUEIRA GUIMARÃES, LUCAS MAXMYLLUN LIMA SILVA, LAURA TERESA REIS DOS SANTOS , Marina Padua Nogueira, Kathleen Cruz Santana, Yluska Souza Matos, DANIELA SIQUEIRA PRADO