61º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia da Febrasgo – CBGO 2023

Dados do Trabalho


TÍTULO

TRATAMENTO DA RECIDIVA DA ENDOMETRIOSE EM MULHERES NO PÓS CIRÚRGICO: UMA REVISÃO SISTEMATIZADA

OBJETIVO

Avaliar o tratamento da recidiva da endometriose em mulheres no período pós-cirúrgico.

FONTE DE DADOS

Busca no PUBMED, realizada em maio de 2023, com os descritores MESH “endometriosis” e “therapeutics”, articulados com o operador booleano “AND”.

SELEÇÃO DE ESTUDOS

Foram encontrados 9215 publicações e, após os filtros “estudos controlados randomizados” e “últimos 5 anos”, houve um total de 99 artigos. Com leitura dos títulos, foram selecionados 10 estudos e, após avaliação dos resumos, houve um total de 7 artigos.

COLETA E ANÁLISE DE DADOS

Foram analisadas as seguintes informações dos estudos selecionados: título, autores, ano de publicação, objetivo, metodologia e achados da pesquisa.

SÍNTESE DE DADOS

A partir da análise dos artigos foi observado que a recidiva da endometriose, após realização de cirurgia, ocorre por novo crescimento de lesões endometrióticas residuais, células não totalmente removidas e crescimento de endometriose microscópica não detectada na cirurgia. Com a ocorrência de recidiva, é necessário um seguimento com tratamento medicamentoso para essas pacientes, evitando consequências indesejadas. Nesse contexto, verificou-se que o dienogest (DNG) e o agonista do hormônio liberador de gonadotropina (GnRHa) têm resultados similares na prevenção da recorrência da endometriose profunda e dor pélvica no pós cirúrgico, mas DNG se mostrou mais eficaz na preservação da reserva ovariana após cistectomia de endometrioma ovariano, com redução da resposta inflamatória da endometriose no perioperatório, sendo mais bem tolerado. Os resultados mostraram que a adição de n-acetilcisteína ao tratamento contraceptivo tem efeito similar na redução da taxa de recorrência de endometrioma e dor pélvica quando comparado com uso de contraceptivos sozinhos. Ademais, claritromicina pode ser um tratamento adequado em pacientes com endometriose após cirurgia, mas as diferenças não foram significativas entre os grupos real e placebo, necessitando de mais estudos sobre sua eficácia terapêutica. Por fim, também foi avaliado que terapêuticas alternativas têm sido eficazes para a melhora dos altos níveis de dor no pós-operatório, como o gás de insuflação umidificado e pré-aquecido.

CONCLUSÃO

O tratamento conservador foi utilizado como opção da recidiva da endometriose em mulheres no período pós-cirúrgico. É fundamental o acompanhamento adequado no período pós-cirúrgico das pacientes submetidas à cirurgia para tratamento da endometriose.

PALAVRAS-CHAVE

Endometriose; Terapêutica; Cirurgia.

Área

GINECOLOGIA - Endometriose

Autores

Andréa Fortes Carvalho Barreto, Summer Santana Linhares, André Menezes Fortes, Náthalie Vitória Raimundo Nogueira, Hanna Vitória da Cruz Correia, Luane Mascarenhas Magalhães, Luana Teles de Resende , João Victor Andrade Barreto Ferreira