61º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia da Febrasgo – CBGO 2023

Dados do Trabalho


TÍTULO

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS INTERNAÇÕES HOSPITALARES POR NEOPLASIA DO COLO DO ÚTERO NO BRASIL.

OBJETIVO

O câncer do colo do útero, também chamado de câncer cervical, é causado pela infecção persistente por alguns tipos do Papilomavírus Humano (HPV), os tipos oncogênicos. Se diagnosticado precocemente, as taxas de internações hospitalares e a morbimortalidade tendem a diminuir significativamente, tendo em vista que a taxa de cura da doença pode chegar a 100% nos diagnósticos precoces. Este trabalho objetiva analisar dados de internações hospitalares, taxa de mortalidade e a média de permanência na unidade hospitalar de mulheres com
diagnóstico de câncer de colo de útero, além de identificar o perfil epidemiológico destas pacientes.

MÉTODOS

Trata-se de um estudo ecológico com base em dados coletados no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) que
referem-se às internações hospitalares por neoplasia maligna do colo do útero registradas no período entre janeiro de 2013 a dezembro de 2022. Os dados de interesse foram aqueles relacionados ao número total de internações, taxa de mortalidade, média de permanência na unidade hospitalar, além de faixa etária e etnia dos pacientes.

RESULTADOS

No período analisado, ocorreram 221.705 internações por neoplasia maligna do colo do útero, sendo o ano de 2022 o com o maior número de casos (11,8%); seguido pelos anos de 2019 e 2021. A faixa etária mais afetada foi aquela entre 40 e 49 anos (27,4%), seguida pela dos 30 a 39 anos (22,1%). A população parda foi a maioria dos casos, sendo 42% das internações. A região sudeste representou o maior número de casos (39,6%), seguido pela região nordeste com 27,2%. A média de dias internados foi de 5,7 dias e a taxa de mortalidade foi de 11,2%.

CONCLUSÃO

Os dados apresentados corroboram com a literatura e reiteram a importância da vacinação contra HPV, que deve ser usada juntamente com o
rastreamento do câncer do colo do útero. O diagnóstico precoce é imprescindível e deve ser destacado entre os profissionais da saúde, em especial os da atenção básica, a fim de diminuir a incidência e morbimortalidade da doença.

PALAVRAS-CHAVE

Neoplasia; Colo do útero; Epidemiologia.

Área

GINECOLOGIA - Oncologia Ginecológica

Autores

Laura Chies Kercher, Bruna Gidiel Paim, Gabriel Fiorio Grando, Danielle Sgarabotto Ribeiro, Eduarda Pasini Dein, Mayara Kist, Revelino Krauzer De Souza