61º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia da Febrasgo – CBGO 2023

Dados do Trabalho


TÍTULO

INSERÇÃO DE DIU NO PÓS PARTO E PÓS ABORTAMENTO EM UMA MATERNIDADE DA AMAZÔNIA OCIDENTAL ENTRE 2020 E 2022

OBJETIVO

Tal estudo visa mensurar a prevalência da inserção de dispositivo intrauterino (DIU) pós parto e pós abortamento em uma maternidade da Amazônia Ocidental entre os anos de 2020 e 2022.

MÉTODOS

Os dados que compõe esse estudo foram retirados da plataforma de informação em saúde DATASUS, sendo utilizados como critérios de inclusão o número total de pacientes assistidas em abortamento e que pariram na unidade, bem como o número de dispositivos intrauterinos inseridos no período compreendido entre 2020 e 2022 pós parto e pós abortamento. As informações públicas colhidas foram calculadas e tabeladas no Excel.

RESULTADOS

Em 2020, foram realizados 292 partos, 208 (71,2%) vaginais e 84 (28,8%) cesarianas e 76 esvaziamentos uterinos (aspiração manual intrauterina ou curetagem) pós aborto. Em relação a inserção de DIU, o total inserido neste ano foi de 87, sendo 57 (75,5%) foram inseridos pós parto vaginal, 17 (19,5%) pós cesárea e 13 (15%) pós abortamento. Já no ano de 2021, foram realizados 2980 partos, destes 1938 (65%) partos vaginais e 1042 (35%) cesarianas, e 724 procedimentos para esvaziamento uterino pós aborto. No mesmo ano foram inseridos o total de 1087 DIU's, destes 620 (57%) pós parto vaginal, 70 (24,8%) pós parto cesáreo e 197 (18,2%) pós abortamento. Por fim, em 2022 foram realizados 2557 partos, 1674 (65,5%) vaginais e 883 (34,5%) cesarianas, e 630 esvaziamentos uterinos. Foram inseridos 861 DIU's, 387 (45%) pós parto vaginal, 302 (35%) pós cesariana e 172 (20%) pós abortamento. A prevalência da inserção de DIU durante todo o período avaliado foi de 27,9% pós parto vaginal, 29,3% pós cesariana e 27% pós abortamento.

CONCLUSÃO

Com a redução da natalidade exponencial ao desenvolvimento do país, a anticoncepção se tornou um tema amplamente discutido, visto a diversidade de dispositivos que podem ser utilizados em tal feito. O dispositivo intrauterino é um dos métodos mais seguros no que diz respeito à falha contraceptiva, sendo instrumento importante dentro do planejamento familiar dentro do Sistema Único de Saúde. Além da sua segurança, ele também se destaca pela longa durabilidade e também por não ser um método contraceptivo hormonal, possuindo poucas contraindicações. Assim, a discussão e a promoção de estudos acerca sobre esse contraceptivo em regiões como a avaliada é de extrema relevância, visto que o maior conhecimento sobre o DIU está associado à maior aderência ao método.

PALAVRAS-CHAVE

Anticoncepção; Abortamento; Parto; Dispositivo Intrauterino.

Área

GINECOLOGIA - Epidemiologia

Autores

Daniela Linhares , Maria da Conceição Ribeiro Simões , Dyesk Rezende Galante, Michelle Farias da Costa De Lima, Karine Graziele Soares Magalhães , Geovana Maria Pessoa Campos, Ester Teixeira Ton, Juliane de Medeiros Silva