61º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia da Febrasgo – CBGO 2023

Dados do Trabalho


TÍTULO

Parto normal vs cesariana no Rio Grande do Sul: achados epidemiológicos entre 2016 e 2022

OBJETIVO

Comparar dados epidemiológicos entre partos normais e cesarianos no Brasil (BR) e no Rio Grande do Sul (RS).

MÉTODOS

Estudo epidemiológico transversal e retrospectivo que avaliou entre 2016 e 2022 quantidade de internações, tempo médio de permanência no hospital, valor dos serviços hospitalares e taxa de mortalidade materna no que tange a partos normais (PN) e a partos cesáreos (PC). Neste incluiu-se parto cesariano de alto risco e com laqueadura tubária, e naquele parto normal de alto risco e em centro de parto normal. Este trabalho dispensa análise de Comitê de Ética Médica, pois foram utilizados os dados coletados no Sistema de Informações Hospitalares do SUS pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), do Ministério da Saúde (BR), acessado pelo Tabulador de Informações de Saúde (TABNET).

RESULTADOS

Sobre PN, entre 2016 e 2022, no BR ocorreram cerca de 7,3 milhões de internações, com tempo médio de permanência de 2,2 dias e valor dos serviços hospitalares de mais de R$ 2,3 bilhões nesse período. RS representou 4% das internações por parto normal do BR, com tempo médio de permanência de 2,3 dias; e o valor desse serviço hospitalar foi de 4,3% do gasto pelo BR. Em ambos (BR, RS), taxa de mortalidade foi de 2%. Sobre PC, no BR ocorreram 6,04 milhões de internações, com tempo médio de permanência de 2,8 dias, valor dos serviços hospitalares de R$ 3 bilhões e taxa de mortalidade de 5% (pico em 2021 com 6%). RS corresponde a 5% das internações do país, com tempo médio de internação de 2,9 dias, taxa de mortalidade de 2% (pico em 2021 com 4%) e valor dos serviços hospitalares representando 5,1% do BR.

CONCLUSÃO

Entre 2016 e 2022, a respeito de PN, no RS a quantidade de internações diminuiu, tempo médio de permanência se manteve o mesmo, com queda apenas em 2020, valor dos serviços hospitalares diminuiu e taxa de mortalidade se manteve constante na maioria do tempo, com diminuição em 2020 e 2022. BR seguiu a mesma tendência nas variáveis, com maior taxa de mortalidade apenas em 2020. Sobre PC no RS a quantidade de internações aumentou até 2021 e reduziu em 2022; tempo médio de internação diminuiu enquanto valor dos serviços hospitalares se manteve estável no tempo analisado e taxa de mortalidade oscilou com pico e nadir nessa ordem de 4% e 2%. BR diferenciou-se do RS no valor dos serviços hospitalares das cesáreas, que aumentaram no país, e na taxa de mortalidade, com máximo e mínimo de 6% e 4%.

PALAVRAS-CHAVE

Parto Normal; Cesárea; Epidemiologia

Área

GINECOLOGIA - Epidemiologia

Autores

MARIA LUIZA FERREIRA DA COSTA, JOÃO VERÍSSIMO DA SILVA NETO, FABIANA SILVA DELMONDES, ANANDA MARIA FERREIRA DA COSTA, ARNILDO AGOSTINHO HACKENHAAR